Quantas vezes você jurou pra si mesma que dessa vez faria algo diferente e logo depois foi lá e repetiu tudo como antes?
Todos os seres humanos tem padrões de repetição, dos mais banais, como calçar o sapato sempre do mesmo jeito, aos mais destrutivos, como escolher sempre parceiros afetivos inadequados e que não te oferecem o que você realmente deseja.
Mas por que raios a gente age assim?
A resposta está lá na sua infância, no momento em que você estava vivendo as primeiras experiências e aprendendo a ser gente.
Estas primeiras experiências e relacionamentos marcam a maneira natural como reagimos ao mundo, e quando existem traumas, pequenos e grandes, a tendência do ser humano é ir repetindo a situação vida a fora, sempre na tentativa de um resultado melhor, que lhe cause menos dor, o que quase nunca acontece.
Vamos a alguns exemplos:
Uma criança que teve um pai ausente na infância pode sempre se relacionar com parceiros que não estão disponíveis, na tentativa de fazê-los permanecerem dessa vez.
Outra, a qual sempre foi oferecido comida para aplacar sentimentos e emoções negativas, pode passar a vida toda preenchendo seu vazio com alimentos, o que pode levar ao fracasso nas dietas, ou até a transtornos alimentares.
Esses padrões de repetição podem acontecer em todas as áreas: no namoro, no casamento, na escola, no trabalho, nos padrões de autocuidado e até na criação dos próprios filhos.
Tá bom Mariana, mas e agora? Como faz pra parar com essa repetição doida e ruim?
O processo não é fácil, mas o primeiro passo é reconhecer que há um problema, estar ciente de seu padrão de repetições é extremamente importante.
O caminho para mudar este comportamento é ir de encontro ao trauma que está na raiz de tudo e um dos melhores lugares para se fazer isso é no processo de psicoterapia.
O ambiente da psicoterapia é o mais seguro para acessar estas lembranças da infância e também é propício para ressignificá-las, encerrar os ciclos dentro de você, e assim não precisar mais repetir lá fora.
É fácil? Não é! Mas vale a pena.